Qual o valor de uma curtida? Que sentimentos tornar-se um
“viral” pode trazer a singela existência de alguém? Vivemos uma era carente, na
qual as pessoas tem imensa necessidade de se relacionar e expor suas vidas
felizes e perfeitas aos que as acompanham da vida cibernética, porém não tem
coragem de levantar os olhos de seu smartphone para cumprimentar um amigo que
acaba de chegar.
Vemos com grande frequência pessoas trocando sua vida real
por uma vida “on-line” na qual ela pode ter a aparência que quiser, citar
grandes pensadores, se divertir com o simples fato de queimar o arroz, porém
não transparecer nada disso fora da rede. Uma pessoa com vários perfis, pois um
não é suficiente para o número de amigos que ela possui, mas nenhum desses
amigos foi algum dia tomar café em sua casa.
Perde-se horas, por vezes todo o dia ou noite, em frente a
um aparelho eletrônico mas não consegue separar 10 minutos para perguntar as
pessoas que moram na mesma casa como foi seu dia. Casais que estão na mesma
casa e conversam pelo “what’s app”.
É hora de desligarmos da aparência externa da vida na rede e
começarmos a viver uma rede social em nossas casas, a nos desprendermos do
vício do som de uma atualização e passarmos a perceber que existe o barulho de
um passarinho de manhã quando se acorda. Chegou o momento de parar de maquiar
uma existência pacata com jogos de palavras ou fotos com filtros e criar
momentos memoráveis todos os dias no mundo real. É possível conhecer um grande
amigo na rede, sim! Mas também é possível conhece-lo no ponto de ônibus, se dê
a oportunidade. Levante os olhos da telinha.
A vida virtual se tornou importante em nosso cotidiano, são
oportunidades surgindo a todo o momento, mas ainda existe uma vida aqui fora e
ela deve ser vivida. O marketing virtual é importante, mas nada substitui a
essência que é demonstrada quando se está presente.
Fonte: Marketing pessoal digital: a busca pela imagem perfeita.
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